Os pais excessivamente bons e permissivos são tanto ou mais prejudiciais para os jovens do que aqueles demasiado severos e castradores. Isto acontece frequentemente com alguns pais, já que intoxicados, pressionados e baralhados com “algumas campanhas”, acabam por se demitir do seu papel de educadores sob um pretexto de tolerância e de modernidade.
Os nossos “jovens sem limites” aventuraram-se na droga, no álcool, nos comportamentos marginais, no sexo promíscuo (desde que uses a “borrachinha” está tudo bem!), nas corridas loucas a altas velocidades nas estradas, etc.. Não existem limites. Com esta atitude elimina-se a dicotomia do bem e do mal, do que está certo e do que está errado.
Todos os adolescentes são mais ou menos rebeldes. Pela sua ânsia natural de independência opõem-se aos valores e autoridade dos pais. Querem saber por que determinadas normas lhes são impostas e onde se situa a fronteira entre o bem e o mal, e precisam de respostas seguras e razoáveis.
Ora é aqui que muitos pais se sentem desorientados. Aqueles que não reflectiram profundamente sobre a questão dos valores, ou lhe dedicaram pouco tempo, não sabem como responder às perguntas dos seus filhos adolescentes.
A adolescência é uma época de imaturidade em busca de maturidade. Mas… como é difícil para os pais este novo período na educação dos filhos! No adolescente, nada é estável nem definitivo, porque se encontra numa época de transição.
Vejamos, pois, em que consiste a adolescência e o que é a maturidade; quais são as mudanças que os adolescentes costumam sofrer, bem como as fases pelas quais vão passando, para podermos ter atitudes positivas que favoreçam a superação dessa crise.