É prematuro um namoro quando os jovens não sabem situar a atração física dentro da dimensão total da pessoa, isto é, quando não são capazes de sujeitar o instinto às exigências de um amor que compromete todo o ser, corpo e alma. Nesta situação de imaturidade, existe um forte risco de chegarem às mal chamadas “relações pré-matrimoniais”, isto é, à relação carnal entre os namorados. Não pretendo afirmar, porém, que o namoro prematuro seja a única nem a principal causa dessa anomalia.
Nunca uma rapariga deixou de casar pelo facto de ser virgem. Pelo contrário, muitas perderam casamento por não o serem, e, quando não perderam, os maridos que as aceitaram experimentaram uma dor intensa ao tomar conhecimento das histórias passadas, pelo que a rapariga acabou a magoar profundamente aquele de quem mais gostava e, portanto, a quem menos quereria causar dor.
Muitas e muitas raparigas sabem que o seu namoro correu bem até ao dia em que aceitaram ter relações sexuais. A partir daí o relacionamento começou a azedar arrastando-se penosamente até acabar. Isto para a maioria delas é incompreensível: porque azedou a relação depois da prova suprema de amor? Para além do que se disse no ponto anterior (o rapaz passa a achar que a rapariga não é séria, não é como a mãe dele), há aqui um mal entendido medonho que resulta do facto de a mulher aplicar ao homem o seu modo de ver a sexualidade. Os homens são mais directamente carnais: podem experimentar o simples valor sexual do corpo duma mulher totalmente à margem da sua afectividade ou do seu valor pessoal. O homem é assim e é bom que a mulher o saiba. O facto de estarem a ter relações sexuais não é uma garantia de que o namorado está profundamente apaixonado, envolvido, agarrado, seguro, etc.