Na realidade, fazer amor, de verdade, só é possível dentro do casamento, porque só quando duas pessoas se entregaram já totalmente, esse acto é verdadeira expressão do amor total. Se não houve entrega da própria vida mediante o matrimónio, não pode haver expressão autêntica de uma entrega que ainda não existe. O acto sexual fora do matrimónio é uma mentira total. Pelo contrário, se “fazer amor” é amar a sério, expressão da entrega total de um homem e uma mulher para toda a vida, então é algo nobre, santo e bom.
Se um desenhador quisesse traçar em poucas linhas a imagem corporal da mulher, bastar-lhe-ia esboçar o peito e as ancas. E por que tem a mulher esse peito? Há uma razão biológica: porque tem de alimentar os seus filhos. A mulher tem seios porque é uma possível mãe. Se não o fosse, não os teria. Este traço característico da imagem da mulher, que é também um dos motivos que atrai o homem, tem o sentido de ser mãe.
Estou a referir-me ao que os homens experimentam em relação às mulheres, porque nisto homens e mulheres são muito diferentes. A mulher não sente essa atracção automática da carne perante o corpo de um homem. Pelo contrário, o homem sente-o perante o corpo da mulher. Por não saberem isto, muitas mulheres interpretam duma forma errada os olhares de muitos homens. Se supõem que são olhadas com admiração, pensam que se referem a elas como pessoas e não sabem que, muitas vezes, se referem simplesmente ao seu corpo de mulher.
Não sabem que o homem tende espontaneamente a fixar-se nos aspectos meramente carnais, no que a mulher tem de objecto. E por isso cometem o erro de quererem chamar a atenção jogando com aquilo que é propriamente sexual.